terça-feira, 8 de novembro de 2011

Cozinha francesa parte I

Chegamos ao último módulo do curso e já antecipando as saudades que Lost Águas de São Pedro vai deixar. Agora é a cozinha francesa e de terroir. Pois é ando lendo muito essa palavrinha ultimamente. Mas que porra é essa de terroir? Na tradução para o vernáculo, terroir é terreno. Mas não é só isso, quando se fala em comida e bebida. A primeira vez que li foi na aula de sommelier de vinhos e acho que essa é a maneira mais adequada de se compreender o terroá. Ele é o conjunto de características geográficas, sociais, climáticas, geológicas, ambientais, botânicas e animais que definem um lugar. E além disso tem também a relação do homem com o lugar. O início no vinho é mais fácil pois o vinho só contém uvas e ele é a imagem especular do solo de onde a vinha brotou. Ele reflete o que o terreno tem.  A ação humana entra no ponto em que o solo pode ser regado ou não, a vinha pode ser podada e assim por diante. Ou seja, a idéia de terroir está ligado aquilo que uma determinada localidade produz e isso é muito nítido na França, seja pelo fenômeno da especialização, seja pelo regionalismo, seja pelo terroir. Ou por tudo isso junto. A bem da verdade é que isso é meio geral na Europa toda, quero dizer o regionalismo.

Mas voltando a França e o curso, no primeiro dia tivemos aula teórica, em que foi falado sobre a história da gastronomia francesa, da importância da Catarina de Médici e do Napoleão, bem como os grandes chefs e deu também para traçar a ligação dos cozinheiros brasileiros com Escoffier e cia ltda. Vimos um vídeo sobre a produção de foie gras e também falamos sobre a influência da gastronomia francesa no Brasil.

No segundo dia fizemos algumas produções das regiões nordeste e oeste, eis as fotos:

 Moules à la Marinère

Moules frittes, que é moules à la marinière com batadas fritas. Uma cerveja belga vai bem aí, hein!


 Trutas com amêndoas (Truite aus Amandes)


 Quiche Lorraine

Tarte Tatin, tem esse nome em homenagem as irmãs Tatin, que erram a receita mas no final deu tudo certo!

Além disso fizemos sorvete de baunilha e as marinadas para o pato confit e o bife borguinhon ou boef borguignon. E dessa vez não teve Almadém para marinar, teve um pinot noir da borgonha, arrrá!

2 comentários:

  1. Eu sabia que alguêm prestava atenção nas minhas aulas...mas fiquei mesmo feliz por ver que 'alguém' tem estudado bastante!
    Adorei o texto, parabéns chef!

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